sexta-feira, 26 de junho de 2015

Hipótese: Mais um grupamento, mais uma queda?

Mais uma empresa, dessa vez a empresa Minupar (MNPR3), anuncia grupamento de ações. Hoje o preço de face do papel é de R$0,08 e após o grupamento de 50 ações para 1 terá início de negociações a R$4,00.

Vale lembrar o caso mais recente de grupamento das ações da Lupatech (LUPA3) que após um grupamento de 500 para 1 tiveram seu valor de face alterado de R$0,05 para R$25,00 inicialmente. Pouca mais de uma semana depois do grupamento o valor de face das ações já se encontra abaixo de R$9,00.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Hipótese - Impulsionando a economia e indústria brasileira através da sua forma de consumo

Hoje vivemos em um mundo globalizado, onde as empresas podem atuar realizar operações com clientes de todo o mundo. Nesse cenário, estamos cercados por produtos e marcas que muitas vezes é difícil identificar a origem: Indústria com marca e produção nacional? Marca nacional que produz no exterior e importa o produto? Marca internacional e que produz no país? Marca Internacional que só importa o produto e vende internamente?

Em meio a tantas variações a cultura brasileira que remete a imagem de produtos nacionais de baixa qualidade que predominava até meados dos anos 90 e que desde então poucas marcas nacionais conseguiram mudar.

Um exemplo de sucesso foi a havaianas que conseguiu mudar a imagem de calçado da classe D para ser quase uma unanimidade nacional. Um exemplo de fracasso é a Olympikus, que perdeu muito mercado nos anos de dólar barato que baratearam a importação de calçados de marcas como ADIDAS e Nike. Esse último exemplo demonstra a ideia de impulsionar o título do post. Nesse período a Vulcabrás (dona da marca Olympikus) demitiu e fechou fábricas, enquanto as marcas que cresceram não tem nenhuma fábrica no país e importam calçados da China.

Claro que não existe a necessidade de converter o consumo individual a um modelo totalmente nacionalista, até porque em determinados setores a indústria nacional ainda não alcançou um padrão de qualidade próximo a produtos importados.

No entanto, é interessante se pegar pensando em situações onde é possível optar por opções nacionais mais baratas e de qualidade equivalente ao se abrir mão da marca importada como estilo de vida.

Aos poucos até mesmo no setor de marcas lifestyle o país começa a criar alguns casos de sucesso, como é o caso da Dudalina e da Osklen, mas ainda é preciso mudar o pensamento dos brasileiros.

Da próxima vez que for as compras pense, se você está colaborando para a economia e indústria nacional e caso não esteja, será que seria um esforço tão grande (talvez acabe sendo até um ganho de economia) abrir mão de uma marca importada e optar por um produto nacional?

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hipótese - Para onde vai a Itautec?

Em 2013 a Itautec anunciou acordo com a empresa de automação japonesa OKI. Nesse acordo a empresa cedeu a sua área de automação para a criação da OKI Brasil, empresa fruto da parceria entre as duas empresas e da qual a Itautec possui 30% e a OKI os 70% restantes. Na mesma época a empresa anunciou a descontinuidade da sua unidade de computadores.

Desde então a empresa tem colocado em prática tal reestruturação dos seus negócios. No entanto, recentemente a empresa anunciou em seu relatório de resultado do primeiro trimestre de 2015 que aprovou a intenção de exercer uma opção de venda dos 30% que possui na OKI Brasil. Essa opção seria exercida em Janeiro de 2017.

Ainda que falte pouco menos de dois anos até a data do exercício, fica o questionamento: desativando a unidade de computação, o capital da venda da participação da OKI Brasil não teria destino, uma vez que está sendo vendida a unidade de automação da empresa, então qual o destino da Itautec? Onde o capital seria aplicado?

Fiz essa pergunta ao RI da empresa e meu questionamento foi redirecionado à Itaúsa, controladora da Itautec. Minha hipótese é de que a Itautec seria desativada pela Itaúsa e o capital será destinado a algum outro investimento ou aumento de capital de alguma das empresas já investidas (no caso Elekeiroz, Duratex ou Itaú Unibanco)

Prezado Sr.,

Agradecemos seu contato e informamos que seu e-mail de 08.06.15 às 11:15hs foi recepcionado e encaminhado para a Itaúsa – Investimentos Itaú S.A.. Cordialmente, Logo-Itautec Luis Marcelo Bozzo | Relações com Investidores | Op. Financeiras | ( 11 3543-4310

terça-feira, 9 de junho de 2015

Hipótese - GP e BR Insurance

Na semana passada a Par Corretora estreou na bolsa através de uma venda de participação de seus acionistas que incluia um fundo controlado pela GP.

No fim do mês de março foi divulgado que a GP negociava a entrada no capital da BR Insurance.

As duas notícias podem revelar muita coisa. Desde que confirmada a negociação entre a BR Insurance e a GP o assunto esfriou. No entanto, com a recente venda de sua participação na Par Corretora a GP tira de sua carteira de investimentos uma corretora e estaria livre para investir em outra corretora.

domingo, 7 de junho de 2015

Hipótese - Grupamento de ações

Desde o ano passado, as chamadas penny stocks, ações com valor de face em centavos, vem passando por um processo de grupamentos para atender as novas regras da Bovespa. Essa ação resulta na redução do número de ações que circula na bolsa, uma vez que determinada proporção de ações são agrupadas para se tornarem uma única (é muito comum que esse número seja um múltiplo de 10). No entanto, o capital social da empresa não sofre nenhuma alteração e em um primeiro momento não resultaria em nenhuma mudança de fundamentos que influencie o mercado das ações da empresa.

No entanto, em uma análise mais aprofundada podemos levantar duas situações. A primeira seria de uma empresa que tem boa liquidez de ações e esteja em um bom momento na bolsa. Ao agrupar as ações será reduzido o número de ações disponível no mercado e isso pode impulsionar a disputa entre os compradores, elevando as cotações da ação. Contudo esse cenário não é comum.

No caso das penny stocks, muitas vezes, estamos lidando com empresas que enfrentam problemas financeiros e que por isso tiveram seu valor de face reduzido a centavos. Nessa faixa de preço, a variação de 1 centavo na cotação pode representar uma grande variação de valorização/depreciação percentual de seu valor total. Por exemplo, uma ação que esteja cotada a R$0,98 e valorize 1 centavo teve uma valorização de 1,02%; já para uma ação cotada a R$0,30, 1 centavo representa 3,33%. Por isso essas ações costumam ficar muito tempo negociadas em uma faixa que varia poucos centavos no valor de face, mas que representa muita volatilidade na negociação.

Na prática o que se tem visto é que após o grupamento essas ações cotadas a centavos tem encontrado mais espaço para cair. Foi o que aconteceu com a empresa JB Duarte no ano passado, por exemplo.

Esse ano mais empresas estão passando por esse processo, então valor a pena ficar de olho nelas. Algumas das que já se pronunciaram ou já estão em processo de grupamento são: ALL Rumo (RUMO3), Ideiasnet (IDNT3), Tectoy (TOYB3) e Lupatech (LUPA3)

sábado, 6 de junho de 2015

Hipótese - ALPA4 - Marca forte no mercado interno e expansão no mercado externo

Em meio a queda nos resultados do primeiro trimestre de 2015 de várias empresas listadas na bolsa, a Alpargatas apresentou um aumento acima de 17% na comparação anual e com o trimestre anterior. Mesmo depois desse resultado as ações da empresa seguiram o humor do mercado e caíram depois da divulgação dos resultados.

Analisando os motivos da alta dos resultados da empresa montei uma hipótese de investimento baseada em:


  • Portfólio de marcas fortes no mercado interno: Com a desaceleração da economia interna, marcas fortes de apelo ao consumidor podem sustentar uma menor queda de consumo
  • Público alvo diversificado: Com a Osklen, a empresa passa a atender um público alvo de maior renda e que deve ser menos afetado pela desaceleração econômica. Além disso, o lançamento da linha de vestuário da Havaianas permite que a empresa se posicione como fornecedora de lifestyle para ambos os públicos.
  • Desaceleração do preço da borracha: A tempestade perfeita que uniu a valorização do dólar e desvalorização de commodities afetou muitas empresas brasileiras exportadores desses produtos. No caso da Alpargatas que consome commodities (no caso a borracha) a desvalorização dos preços retirou o impacto da alta do dólar.
  • Alta do dólar: Outro fator que liga a empresa ao dólar é o fato dela ser exportadora. Nesse caso a commoditie (borracha) desvalorizada neutraliza a alta do dólar na hora de consumir, mas a alta do dólar gera benefícios na hora da exportação dos produtos para a Europa e Estados Unidos. O ponto negativo nessa conta é a importação dos produtos esportivos da empresa.
  • Argentina em recuperação: No 2T14 e 3T14 as operações na Argentina apresentaram resultados fracos. Já no 4T14 e 1T15 foi possível observar uma recuperação gradual.

Enquanto esse balanço for mantido acredito que a hipótese se mantenha com as operações internas sofrendo uma desaceleração seguindo a economia interna, mas com as operações externas permitindo a expansão dos resultados

segunda-feira, 1 de junho de 2015

AB Inbev paralisa produção de cerveja

Por que não adianta colocar responsabilidade social no papel e na prática só observar. AB Inbev dá o exemplo nos Estados Unidos ao paralisar sua produção.

http://www.infomoney.com.br//negocios/grandes-empresas/noticia/4076277/inbev-paralisa-producao-cerveja-para-distribuir-agua-depois-desastre