quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Resultados Odontoprev 3T15

Os resultados da Odontoprev (ODPV3) foram divulgados hoje e foram uma boa surpresa. A empresa que tem muitos seguradas em planos corporativos enfrenta um cenário desafiador com o desemprego aumentando, no entanto, conseguiu ter uma adição em número de segurados em relação ao mesmo período do ano passado! Apesar de modestos 2.2% de aumento, a boa notícia é que não houve redução, considerando o cenário macro. Além disso a empresa teve aumento de 7.8% no ticket médio, algo próximo a inflação nos últimos 12 meses.

No resultado final a empresa teve uma leve queda de 3.7% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado devido ao aumento de custos. Parte desse aumento pode ser observado no aumento de 0.2 pontos percentuais na provisão de perdas sobre crédito e no aumento de 0.5% no indíce de sinistralidade.

Outro ponto a se observar é que a empresa tem provisão de 192.2 Milhões devido a discussão do recolhimento de INSS que se alonga nos últimos anos. A empresa sempre se manifesta que caso haja uma decisão favorável para a empresa, esse saldo deve ser distribuído como dividendos. Considerando que a empresa teve um lucro líquido total de 43.482 Milhões de reais, essa provisão representa um saldo equivalente ao período de 1 ano de exercício da empresa!

domingo, 18 de outubro de 2015

Cenário de congestão ABEV3

Famosa por ser uma ação em longa tendência de alta no Longo Prazo, mas que costuma andar devagar com grandes zonas de indefinição e congestão a #ABEV3 vem mostrando que entrou em mais uma dessas zonas. As ações já tocaram a zona de 18,80 três vezes nos últimos três meses e em agosto tentou romper para baixo essa zona indo até 17,00.
No lado superior temos a região de 19,90 que já foi tocada 3 vezes e também teve uma tentativa de rompimento nesse mês.

O jogo segue empatado e agora é esperar alguma definição

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

ABEV3 e BBTG1: FIguras de Ombro Cabeça Ombro invertido



Acima estão os gráficos de ABEV3 e BBTG11 no fechamento do dia 11/09/2015. Figuras claras de OCO invertido


domingo, 9 de agosto de 2015

Hipótese - confirmação de resultados ALPA4

Os resultados de uma das preferidas da minha carteira de investimentos saiu e não decepcionou.

Mesmo com um momento econômico não muito favorável no Brasil a Alpargatas gerencia marcas fortes e conseguiu manter sua receita interna estável mesmo com a redução de vendas.

Enquanto isso os negócios externos continuam expandindo, principalmente na Alpargatas Argentina.

Por fim, a boa gestão da empresa possibilitou bom resultado financeiro, mesmo com a alta de juros interno.

O resultado final foi um aumento de mais de 100% do lucro líquido em relação ao mesmo período no ano anterior.

sábado, 1 de agosto de 2015

Cartão de crédito sem anuidade

O cartão de crédito muitas vezes é visto como vilão das finanças pessoais devido aos sua alta taxa de juros rotativo.

No entanto, se usado para o chamado pagamento "no vencimento", aquele no qual ao chegar a fatura o cliente paga o valor integral, o cartão pode ser uma ótima ferramenta financeira, pois:

  • É prático para carregar na carteira no dia a dia, sem precisar carregar dinheiro em espécie na carteira
  • Muitos possuem programas de acumulo de pontos que podem ser convertidos em produtos ou milhagem de passagens aéreas.
  • Concentram o fluxo de caixa pessoal para pagamento em um único dia. Caso você seja uma pessoa disciplinada pode até ganhar juros nesse sentido. Eu recebo salário no início do mês e coloco como data de vencimento do cartão no fim do mês. Nesse intervalo faço aplicações de curto prazo e baixo risco (alguns bancos oferecem isso automaticamente, quando sua conta fica com saldo positivo automaticamente você recebe juros).
  • Alguns tipos de cartões fornecem benefícios como seguro viagem, de automóvel, ou serviços.
Esses benefícios, na grande maioria das vezes tem um custo associado, a chamada anuidade. Eu tenho dois cartões e recebi aprovação de um terceiro, mas não tenho pago anuidade de nenhum deles.
  • Cartão Itaúcard Internacional: possui uma anuidade, mas há algum tempo não pago, pois como uso muito esse cartão acabo ganhando isenção. Tenho pontos de fidelidade nesse cartão e alguns descontos em lojas e ingressos.
  • Cartão Saraiva: totalmente sem anuidade. Tenho pontos, mas uma conversão de pontos menor que o Itaúcard. A aprovação de crédito também é bem menor que a do Itaúcard.
  • Cartão NuBank: esse é um novo modelo de cartão de crédito que surgiu com a proposta de ser sem anuidade e sem burocracia para seu uso, com um aplicativo de celular que fornece todas as informações de forma rápida. Recebi a aprovação do cartão e quero conhece-lo melhor, mas como não possui pontuação de fidelidade, não é atrativo em relação aos outros cartões que possuo

quinta-feira, 30 de julho de 2015

[E se] Você tomar guaraná black ao invés de coca cola?

A Ambev é Brasileira, o produto é Brasileiro, o garoto propaganda é Brasileiro!

A Ambev apresentou no 2T15 resultados interessantes com aumento acima de 25% no Lucro por Ação! Essa lucratividade é revertida em muitos projetos nacionais, como por exemplo, o financiamento da Fundação Estudar.

Tudo isso em um ambiente de forte concorrência com a Coca-Cola, marca internacional, que apresenta comerciais importados na TV Nacional e que patrocínios a parte, pouco contribui para o país.

Valorizar produtos da Ambev pode ser uma forma de contribuir para o país. Já pensou em priorizar Pepsi, Guaraná e Soda Antártica, Sukita e H2OH ao invés de Coca-Cola, Kuat, Sprite, Fanta e Aquarius? O Brasil pode ser uma país melhor? a resposta pode estar quando o garçom pergunta "só tem Ambev, pode ser?"

segunda-feira, 27 de julho de 2015

[hipótese] Consumo ainda cresce

A maior rede de shoppings do Brasil, a BR Malls, divulgou prévia de seus resultados com um tímido avanço nas vendas de 0,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Retirando a venda de participações e as vendas de lojas de eletrônicos (que tiveram resultado atípico no segundo trimestre do ano passado, por altas vendas de televisores no período próximo a copa do mundo) as vendas de mesma loja subiram 5,9%, um pouco abaixo da inflação.

O que esses números demonstram é que apesar da situação econômica o consumo tem se mantido aquecido, visto que o aumento quase representou a inflação o que tornaria o ritmo de consumo "neutro" e equivalente a um período de bom consumo da população.

Além disso, da para ter uma ideia do que tem se mantido no consumo das famílias brasileiras: cortes em supérfluos eletrônicos e manutenção de roupas e alimentação.

Outro destaque foi a queda na inadimplência da rede

domingo, 19 de julho de 2015

BTG e a recuperação de títulos podres

No mercado financeiro títulos podres são aqueles créditos de clientes inadimplentes e com análise de risco indicando que existe baixíssima probabilidade de que sejam pagos.

Alguns players do mercado gostam de adquirir esses títulos a um preço baixo e ganhar valorizar o investimento recuperando parte do crédito através de cobrança.

Quem vem se destacando no Brasil, com esse tipo de operação é o banco BTG. Em 2013 o banco adquiriu títulos podres do extinto banco Bamerindus (http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/30/banco-btg-pactual-anuncia-compra-do-bamerindus-por-r-418-milhoes.htm). No mês passado o banco divulgou que tem recuperado parte desses créditos (http://www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/4125431/btg-ganha-com-credito-inadimplente-meio-concorrencia-maior).

No fim do mês o banco anunciou nova compra de títulos podres, dessa vez da Caixa (http://www.infomoney.com.br//mercados/acoes-e-indices/noticia/4130395/caixa-vende-bilhoes-creditos-podres-para-btg-pactual-diz-jornal).

domingo, 12 de julho de 2015

Consumir seus investimentos para aumentar o faturamento?

Logo que começamos investir o sentimento fala mais alto e é comum a ideia de consumir os produtos das empresas investidas. Algum tempo atrás uma corretora chegou a fazer um vídeo sátira dessa ideia onde a pessoa que investia em Souza Cruz passava a fumar, aquele que investia em Ambev fazia questão de ir no Happy Hour e beber todas e assim por diante (infelizmente não encontrei o vídeo que era de uns 3 anos atrás). A medida que o investidor ganha experiência essas ações acabam diminuindo, uma vez que o mesmo percebe que o impacto do seu consumo é ínfimo em relação aos faturamentos das empresas.

No entanto, quando olhamos para um dos maiores ídolos dos investidores em ações observamos exatamente o contrário. Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, alcançou esse status através de seus investimentos realiza anualmente um encontro de acionistas da sua principal empresa: a Berkshire Hathaway. Além do que se espera tradicionalmente de um encontro de acionistas, o evento se tornou uma grande conferência de venda de produtos das empresas que o investidor tem participação como por exemplo a Coca-Cola e a fabricante de doce Mars. Claro que novamente caímos na questão do impacto que o seu consumo pessoal e o consumo dos investidores reunidos da Berkshire Hathaway podem causar no faturamento de uma empresa.

Contudo, se passarmos a adotar esse tipo de pensamento não como uma regra que deve guiar seu estilo de vida, mas como uma prioridade em situações em que as opções são muito parecidas isso contribui com a disseminação da marca (principalmente nos casos de produtos de consumo). Por exemplo, sou investidor da Alpargatas e sempre dou prioridade ao consumo das marcas da empresa até porque os produtos nacionais tem um preço mais baixo e não tenho preocupações com status de marcas e visual, gosto do conforto do calçado. No caso da marca Havaianas, meu consumo pode ter pouco impacto, mas recentemente passei a consumir os calçados de estilo casual da topper, que são pouco conhecidos. Mesmo que o público masculino não tenha tendência a reparar muito no calçado dos amigos, algumas pessoas já me perguntaram a respeito do estilo e marca, ajudando a disseminar a empresa.

Por conta disso segue abaixo algumas das empresas que invisto e sou consumidor assíduo dos produtos:

Ambev: Em reuniões de amigos mais "democráticas" não podem faltar Brahma e Skol no repertório de cervejas. Infelizmente no quesito cola, a Coca é a opção mais "democrática", mas como não sou muito fã desse estilo, acabo sempre levantando a opção entre os amigos para o tradicional Guaraná Antártica (e de vez em quando surge a brincadeira: "pode ser Pepsi?"). Outro duelo de marcas em que sempre favoreço a Ambev são entre as águas gaseificadas com sabores Aquarius (Coca) e H2OH (Pepsi/Ambev). Entre alguns grupos de amigos específicos preferimos cervejas artesanais e ai a experimentação de várias marcas e receitas não favorecia nenhuma marca, no entanto, com a entrada da empresa nesse nicho através da compra da Colorado e da Wälls, vão permitir que eu de sugestões ao pessoal.

Alpargatas: Em termos de chinelos a Havaianas é quase que unanimidade nacional. Como já falei anteriormente passei a consumir recentemente a coleção casual (os sapatenis) da marca Topper. Além disso, consumo a marca Mizuno em calçados e vestuário para corridas.

Anima (GAEC): depois de terminar o mestrado estou um pouco distante do mercado das Universidades da Anima. No entanto, consumo muitos livros de gestão e no meio da infinidade de lançamentos que dificultam a filtragem e escolha de bons materiais, resolvi optar pela excelência dos materiais da HSM (controlada pela Anima). Desde o ano passado assinei o clube de livros da HSM e recebo todo mês um título com assuntos em alta como Design Thinking, Lean Management, etc.

BR Malls: no meio da diversidade de shopping center na minha cidade sempre dou preferência aos da BR Malls

Duratex: como a muito tempo não faço construção, reformas e mudanças na minha casa fica difícil consumir Duratex. A recente entrada da empresa no setor de chuveiros e duchas vai facilitar isso (me agradou muito as duchas com facilidade de troca de resistência).

Itausa: invisto na Itausa pela facilidade em ajustar a posição na carteira através de seu valor de face. Apesar de Elekeiroz e Itautec fazerem parte da holding não consumo seus produtos e o impacto disso é extremamente ínfimo. Duratex também faz parte da holding e já citei-a anteriormente, mas também tem um impacto ínfimo na holding. O grande impacto é de Itaú Unibanco, que antes mesmo de começar a investir em ações, já era minha preferência entre os bancos de varejo. Já fui cliente dos quatro principais players nacionais, mas a facilidade em resolver tudo pelo bankline me fez preferir o Itaú (fazem mais de anos que não visito minha agência, além do caixa eletrônico)

Saraiva: além dos livros de gestão da HSM consumo muitos livros de literatura. Durante algum tempo dei preferência em comprar esses livros em outros sites de e-commerce que aplicam preços mais baixos, mas na grande maioria das vezes recebia produtos mal embalados, com defeitos na capa (principalmente os de capa dura) e páginas amassadas. Acho que qualquer pessoa que ainda consome livro físico se irrita muito com isso e aos poucos passei a dar preferência a Saraiva, ainda que em alguns casos os preços sejam um pouco mais caros.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Hipótese: Mais um grupamento, mais uma queda?

Mais uma empresa, dessa vez a empresa Minupar (MNPR3), anuncia grupamento de ações. Hoje o preço de face do papel é de R$0,08 e após o grupamento de 50 ações para 1 terá início de negociações a R$4,00.

Vale lembrar o caso mais recente de grupamento das ações da Lupatech (LUPA3) que após um grupamento de 500 para 1 tiveram seu valor de face alterado de R$0,05 para R$25,00 inicialmente. Pouca mais de uma semana depois do grupamento o valor de face das ações já se encontra abaixo de R$9,00.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Hipótese - Impulsionando a economia e indústria brasileira através da sua forma de consumo

Hoje vivemos em um mundo globalizado, onde as empresas podem atuar realizar operações com clientes de todo o mundo. Nesse cenário, estamos cercados por produtos e marcas que muitas vezes é difícil identificar a origem: Indústria com marca e produção nacional? Marca nacional que produz no exterior e importa o produto? Marca internacional e que produz no país? Marca Internacional que só importa o produto e vende internamente?

Em meio a tantas variações a cultura brasileira que remete a imagem de produtos nacionais de baixa qualidade que predominava até meados dos anos 90 e que desde então poucas marcas nacionais conseguiram mudar.

Um exemplo de sucesso foi a havaianas que conseguiu mudar a imagem de calçado da classe D para ser quase uma unanimidade nacional. Um exemplo de fracasso é a Olympikus, que perdeu muito mercado nos anos de dólar barato que baratearam a importação de calçados de marcas como ADIDAS e Nike. Esse último exemplo demonstra a ideia de impulsionar o título do post. Nesse período a Vulcabrás (dona da marca Olympikus) demitiu e fechou fábricas, enquanto as marcas que cresceram não tem nenhuma fábrica no país e importam calçados da China.

Claro que não existe a necessidade de converter o consumo individual a um modelo totalmente nacionalista, até porque em determinados setores a indústria nacional ainda não alcançou um padrão de qualidade próximo a produtos importados.

No entanto, é interessante se pegar pensando em situações onde é possível optar por opções nacionais mais baratas e de qualidade equivalente ao se abrir mão da marca importada como estilo de vida.

Aos poucos até mesmo no setor de marcas lifestyle o país começa a criar alguns casos de sucesso, como é o caso da Dudalina e da Osklen, mas ainda é preciso mudar o pensamento dos brasileiros.

Da próxima vez que for as compras pense, se você está colaborando para a economia e indústria nacional e caso não esteja, será que seria um esforço tão grande (talvez acabe sendo até um ganho de economia) abrir mão de uma marca importada e optar por um produto nacional?

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hipótese - Para onde vai a Itautec?

Em 2013 a Itautec anunciou acordo com a empresa de automação japonesa OKI. Nesse acordo a empresa cedeu a sua área de automação para a criação da OKI Brasil, empresa fruto da parceria entre as duas empresas e da qual a Itautec possui 30% e a OKI os 70% restantes. Na mesma época a empresa anunciou a descontinuidade da sua unidade de computadores.

Desde então a empresa tem colocado em prática tal reestruturação dos seus negócios. No entanto, recentemente a empresa anunciou em seu relatório de resultado do primeiro trimestre de 2015 que aprovou a intenção de exercer uma opção de venda dos 30% que possui na OKI Brasil. Essa opção seria exercida em Janeiro de 2017.

Ainda que falte pouco menos de dois anos até a data do exercício, fica o questionamento: desativando a unidade de computação, o capital da venda da participação da OKI Brasil não teria destino, uma vez que está sendo vendida a unidade de automação da empresa, então qual o destino da Itautec? Onde o capital seria aplicado?

Fiz essa pergunta ao RI da empresa e meu questionamento foi redirecionado à Itaúsa, controladora da Itautec. Minha hipótese é de que a Itautec seria desativada pela Itaúsa e o capital será destinado a algum outro investimento ou aumento de capital de alguma das empresas já investidas (no caso Elekeiroz, Duratex ou Itaú Unibanco)

Prezado Sr.,

Agradecemos seu contato e informamos que seu e-mail de 08.06.15 às 11:15hs foi recepcionado e encaminhado para a Itaúsa – Investimentos Itaú S.A.. Cordialmente, Logo-Itautec Luis Marcelo Bozzo | Relações com Investidores | Op. Financeiras | ( 11 3543-4310

terça-feira, 9 de junho de 2015

Hipótese - GP e BR Insurance

Na semana passada a Par Corretora estreou na bolsa através de uma venda de participação de seus acionistas que incluia um fundo controlado pela GP.

No fim do mês de março foi divulgado que a GP negociava a entrada no capital da BR Insurance.

As duas notícias podem revelar muita coisa. Desde que confirmada a negociação entre a BR Insurance e a GP o assunto esfriou. No entanto, com a recente venda de sua participação na Par Corretora a GP tira de sua carteira de investimentos uma corretora e estaria livre para investir em outra corretora.

domingo, 7 de junho de 2015

Hipótese - Grupamento de ações

Desde o ano passado, as chamadas penny stocks, ações com valor de face em centavos, vem passando por um processo de grupamentos para atender as novas regras da Bovespa. Essa ação resulta na redução do número de ações que circula na bolsa, uma vez que determinada proporção de ações são agrupadas para se tornarem uma única (é muito comum que esse número seja um múltiplo de 10). No entanto, o capital social da empresa não sofre nenhuma alteração e em um primeiro momento não resultaria em nenhuma mudança de fundamentos que influencie o mercado das ações da empresa.

No entanto, em uma análise mais aprofundada podemos levantar duas situações. A primeira seria de uma empresa que tem boa liquidez de ações e esteja em um bom momento na bolsa. Ao agrupar as ações será reduzido o número de ações disponível no mercado e isso pode impulsionar a disputa entre os compradores, elevando as cotações da ação. Contudo esse cenário não é comum.

No caso das penny stocks, muitas vezes, estamos lidando com empresas que enfrentam problemas financeiros e que por isso tiveram seu valor de face reduzido a centavos. Nessa faixa de preço, a variação de 1 centavo na cotação pode representar uma grande variação de valorização/depreciação percentual de seu valor total. Por exemplo, uma ação que esteja cotada a R$0,98 e valorize 1 centavo teve uma valorização de 1,02%; já para uma ação cotada a R$0,30, 1 centavo representa 3,33%. Por isso essas ações costumam ficar muito tempo negociadas em uma faixa que varia poucos centavos no valor de face, mas que representa muita volatilidade na negociação.

Na prática o que se tem visto é que após o grupamento essas ações cotadas a centavos tem encontrado mais espaço para cair. Foi o que aconteceu com a empresa JB Duarte no ano passado, por exemplo.

Esse ano mais empresas estão passando por esse processo, então valor a pena ficar de olho nelas. Algumas das que já se pronunciaram ou já estão em processo de grupamento são: ALL Rumo (RUMO3), Ideiasnet (IDNT3), Tectoy (TOYB3) e Lupatech (LUPA3)

sábado, 6 de junho de 2015

Hipótese - ALPA4 - Marca forte no mercado interno e expansão no mercado externo

Em meio a queda nos resultados do primeiro trimestre de 2015 de várias empresas listadas na bolsa, a Alpargatas apresentou um aumento acima de 17% na comparação anual e com o trimestre anterior. Mesmo depois desse resultado as ações da empresa seguiram o humor do mercado e caíram depois da divulgação dos resultados.

Analisando os motivos da alta dos resultados da empresa montei uma hipótese de investimento baseada em:


  • Portfólio de marcas fortes no mercado interno: Com a desaceleração da economia interna, marcas fortes de apelo ao consumidor podem sustentar uma menor queda de consumo
  • Público alvo diversificado: Com a Osklen, a empresa passa a atender um público alvo de maior renda e que deve ser menos afetado pela desaceleração econômica. Além disso, o lançamento da linha de vestuário da Havaianas permite que a empresa se posicione como fornecedora de lifestyle para ambos os públicos.
  • Desaceleração do preço da borracha: A tempestade perfeita que uniu a valorização do dólar e desvalorização de commodities afetou muitas empresas brasileiras exportadores desses produtos. No caso da Alpargatas que consome commodities (no caso a borracha) a desvalorização dos preços retirou o impacto da alta do dólar.
  • Alta do dólar: Outro fator que liga a empresa ao dólar é o fato dela ser exportadora. Nesse caso a commoditie (borracha) desvalorizada neutraliza a alta do dólar na hora de consumir, mas a alta do dólar gera benefícios na hora da exportação dos produtos para a Europa e Estados Unidos. O ponto negativo nessa conta é a importação dos produtos esportivos da empresa.
  • Argentina em recuperação: No 2T14 e 3T14 as operações na Argentina apresentaram resultados fracos. Já no 4T14 e 1T15 foi possível observar uma recuperação gradual.

Enquanto esse balanço for mantido acredito que a hipótese se mantenha com as operações internas sofrendo uma desaceleração seguindo a economia interna, mas com as operações externas permitindo a expansão dos resultados

segunda-feira, 1 de junho de 2015

AB Inbev paralisa produção de cerveja

Por que não adianta colocar responsabilidade social no papel e na prática só observar. AB Inbev dá o exemplo nos Estados Unidos ao paralisar sua produção.

http://www.infomoney.com.br//negocios/grandes-empresas/noticia/4076277/inbev-paralisa-producao-cerveja-para-distribuir-agua-depois-desastre